Que bom ser considerado EDUCADOR AMBIENTAL num país que pouco investe e valoriza a educação!
Ser considerado EDUCADOR AMBIENTAL é muito gratificante, um privilégio que extrapola os liames de uma simples titulação, pois é o reconhecimento de uma atitude interna e não somente de um diploma acadêmico.
É ainda mais válido quando este reconhecimento se dá num país como o Brasil, que ainda desconhece o devido valor e as vantagens que a educação pode trazer. Nosso país continua dormindo, mas não em berço esplêndido, senão teria acordado para este imprescindível instrumento de crescimento e desenvolvimento.
A educação sempre foi e será a âncora do desenvolvimento dos povos. Se tivéssemos uma excelente educação, muitos dos nossos problemas ambientais, educacionais e sociais seriam bem menores.
Neste contexto, a educação ambiental é um importante processo por meio da qual se desenvolvem ações construtivas, transformadoras e emancipatórias.
Ensina-nos o mestre Paulo Freire que "a educação transforma os seres humanos que, em comunhão, contribuem para transformar o mundo". Isto faz-nos lembrar da responsabilidade de sermos multiplicadores destas idéias construtivas. Nós, educadores ambientais, temos postura histórica e crítica, mas também somos sensíveis a tudo e a todos por estarmos integrados, em comunhão.
Foi a partir deste pressuposto, da concepção do trabalho coletivo, que surgiram as idéias para a formação das "Redes de educadores", uma iniciativa que tem dado certo em várias partes do mundo.
Quanto às questões ambientais, diante da crise planetária, devemos refletir sobre a história humana no planeta. Muito temos ainda a fazer para deixar uma herança valiosa, e não apenas dívidas, para as futuras gerações, pois a verdade é que vamos precisar de vários séculos para reconstituir o que destruímos!
Para superar a atual crise civilizatória, devemos adotar uma política que defina o que vem a ser um consumo suficiente e decente, um modo de vida condizente com o desenvolvimento sustentável.
Lembramos que a sociedade sustentável é aquela que está aprendendo a tomar da natureza somente o que esta pode repor no espaço de uma geração, demonstrando assim um sentimento solidário de cooperação com toda a cadeia de vida. Ser sustentável é consumir de forma responsável e levar em consideração as necessidades de consumo das gerações atuais e futuras.
Como atuantes das questões ambientais, nós, integrantes desta REIA –GO, constituída de diversos setores da sociedade interessados na temática ambiental, acreditamos que as trocas de idéias, saberes e conhecimentos pelo grupo são válidas e construtivas. Assim, esperamos que a atuação do grupo seja cada vez maior, mais dinâmica e profunda.
Acredito que, além de trocar idéias e conhecimentos, o grupo deve pensar em uma maneira de ajudar os que não participam da Rede, os que não têm acesso a estas informações, pois assim estaremos atendendo em essência o que diz a Lei 9.795/99, instituinte da Política Nacional de EA, a qual afirma que todos os níveis de ensino têm direito à Educação Ambiental e que toda a sociedade deve se engajar na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente.
(Bahá u lláh) "A Terra é um só país e os seres humanos, seus cidadãos".
Atenciosamente,
Maria Félix de Araújo (Fátima)
Uma pergunta : qual o mundo que pretendemos deixar para as futuras gerações?
Nenhum comentário:
Postar um comentário