Queridos, nesse dia do índio compartilho com vocês uma poesia da década de 1980 que traz questões muito atuais, infelizmente.
Apoé Sol
Te peço irmão
a mão da consciência
Pois desta terra que sou filho e fruto
fui expulso ou demarcado
Pois do sangue derramado mancha negra na história
Nascem guerreiros mil que nem Ajuricaba ou Tupã
Tem força mais viril
Te peço irmão que o sopro libertário seja o marco tribal
Unificando o nosso povo
Pois a guerra não é sina da comuna primitiva
Nem a paz é utopia da civilização de um novo dia
Mas inda uma vez te peço irmão que o ferro do futuro seja moldado na justiça
E o índio homem seja livre em sua casa
Antonio Stelio, 1983
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Stélia Castro
Geógrafa
Mestranda em Preservação do Patrimônio Cultural
IPHAN-AC
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